Todo Apoio à Luta dos Servidores Técnico-Administrativos da UFSC
Faz algum tempo que os servidores técnico-administrativos (STAs) da universidade vêm se mobilizando para lutar por seus direitos. Eles defendem, principalmente, uma jornada de trabalho de 6 horas e são contrários a implantação do ponto eletrônico na universidade. Nós, estudantes, não podemos ficar indiferentes a essa luta como se não fosse assunto nosso, pois ela está diretamente ligada à construção de uma universidade pública, gratuita e de qualidade.
Somos favoráveis à jornada de trabalho de 6 horas para os servidores da UFSC porque vai permitir mais qualidade de vida para eles, possibilitar a abertura de mais concursos públicos gerando novos empregos e ao mesmo tempo vai permitir que a universidade fique aberta por mais tempo, em turnos ininterruptos de 12 horas ou mais, conforme prevê o decreto 4.836/2003. Além de tudo, a jornada de 6 horas é uma medida que fortalece a construção de uma melhora de vida para toda a sociedade, porque a conquista desse direito no serviço público abre as portas para sua conquista na iniciativa privada. Não é racional que uma sociedade que produza cada vez mais riquezas não expanda também os direitos daqueles (os trabalhadores) que a produzem.
Somos contrários ao ponto eletrônico porque não vai ajudar a melhor organizar o serviço público e nem impedir eventuais abusos no setor. A simples medida da adoção de escalas públicas de horários de cada servidor afixado em seu local de trabalho, como determina o decreto 4.836/2003, permite que todos saibam das obrigações de cada um e se organize melhor o serviço público, ao contrário do grande desperdício de dinheiro público que houve com o gasto de mais de R$ 300 mil só para comprar os pontos. Além disso, é o ponto eletrônico que na verdade provoca abusos no serviço público, por ser meramente punitivo e dar origem a grandes desigualdades. Médicos e professores não vão ter ponto eletrônico enquanto os STAs vão ter. Inclusive, atualmente, uns já trabalham 6 horas e a maioria trabalha 8 horas. O ponto só vai servir para impor as 8 horas para alguns e jogar para a divisão dos trabalhadores da universidade.
Só depende da reitoria da UFSC para que seja implantada a jornada de trabalho de 6 horas e se pare a implantação do ponto eletrônico, mas o reitor se nega a fazer isso tudo porque seu compromisso são com políticas como o REUNI do governo Lula, que expande a universidade sem a contrapartida de investimentos e concursos. Devemos unir forças com os técnico-administrativos para melhorar as condições de trabalho e de ensino na universidade.
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