sábado, 2 de outubro de 2010

I Assembléia Catarinense da ANEL


I Assembléia Catarinense da ANEL
 Vamos Construir Juntos Essa História.


No dia 16 de outubro de 2010 será realizada a primeira assembléia catarinense da ANEL. Será um importante passo na organização do movimento estudantil independente e de luta de Santa Catarina.

Ao contrario do que se fala na TV, que Santa Catarina é a “Europa brasileira”, conhecemos o descaso do governo catarinense com os estudantes e trabalhadores. A educação no estado vai de mal a pior, o acesso à universidade é muito difícil e as universidades pagas têm taxas impagáveis. O transporte é caro e sem qualidade. O descaso do governo também é evidente com a saúde e a moradia.

Nós, estudantes, junto aos trabalhadores, já derrubamos presidentes e colocamos em cheque a ordem instituída muitas vezes. É preciso reviver esse movimento estudantil independente, democrático e que mobiliza os estudantes de nosso estado. Só unindo nossas lutas conseguiremos impor aos governos nossas exigências.

Como um país tão rico tem um povo tão pobre?
A partir da década de 90 países ricos, principalmente os EUA, venderam a ideia para países como o Brasil de que a solução para promover o desenvolvimento é privatizar as empresas públicas e abrir as fronteiras econômicas. Assim, empresas foram vendidas e a economia nacional passou a ser controlada por grandes grupos econômicos internacionais. O “desenvolvimento” prometido levou embora nossa soberania e precarizou os serviços públicos e os empregos.

Em 2008 e 2009 se provou de vez a falência desse modelo. Estourou uma forte crise econômica mundial. Diante dessa situação, os governos do mundo todo, que dizem não ter dinheiro para resolver o problema da fome no mundo ou investir mais em saúde e educação, mobilizaram recursos da ordem de 25 trilhões de dólares para salvar os mandachuvas da economia da bancarrota.

Para que a crise seja superada de vez, do ponto de vista deles, e e salvar grandes bancos e grandes empresas, é preciso que continuem a empurrar para cima de nós, trabalhadores e juventude, seus prejuízos. Vão fazer isso atacando nossos direitos. Para se ter uma ideia disso, Lula no ano de 2009 gastou 37,5% orçamento público em pagamentos de dívidas com os ricos e poderosos, enquanto a dívida com a educação só recebeu 2,88%. O governo de Luís Henrique e Pavan não deixou por menos e destinou R$ 1,26 bi para o mesmo fim.

ANEL: Construindo nas lutas um novo movimento estudantil
O movimento estudantil vem mostrando qual é a nossa alternativa e  dando grandes exemplos de luta. Vimos nos últimos anos levantes estudantis pipocarem pelo país contra a máfia dos ônibus que aumentavam as passagens abusivamente. Em Florianópolis, por exemplo, em 2004 e 2005 os estudantes, junto dos trabalhadores, tomaram as ruas da cidade e baixaram o preço das tarifas. Em 2010 mais de 5 mil pessoas voltaram às ruas contra os  novos aumentos. Recentemente, em Criciúma, depois de muita luta, conseguimos conquistar o passe livre para o trajeto escolar.

No movimento universitário os estudantes da USP mostraram o caminho. Surge um novo movimento estudantil, radicalizado, democrático e independente da UNE e do governo. Ocuparam a reitoria por mais de 50 dias e derrotaram os decretos de Serra em 2007.

O movimento estudantil de todo o país aderiu a formula e ocupou as páginas de jornais e canais de TV. A UFSC foi a primeira das dezenas de ocupações de reitoria que viriam para lutar contra o decreto do REUNI de Lula. Em 2008 foi a vez dos estudantes da UnB, derrubaram o corrupto reitor dessa universidade também ocupando reitoria.  Em todas essas lutas a UNE/UCE não só não apoiou os estudantes, como foi à TV atacar o movimento estudantil e apoiar o governo.

Como produto de todas essas lutas e da negativa da UNE/UCE em organizá-las surge a ANEL. A Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre, entidade fundada em 2009 em um congresso com 2 mil estudantes, no Rio de Janeiro.

De lá para cá a ANEL vem cumprindo um papel importante na reorganização do movimento estudantil e tem estado à frente das principais lutas, como nas manifestações pelo “Fora Sarney”; na derrubada do governador de Brasília, Arruda; na campanha de solidariedade ao Haiti, e contra a ocupação militar; no fora YEDA no Rio grande do Sul; nas lutas das estaduais paulistas, assim como as lutas do transporte de Criciúma e Floripa, e a luta contra as taxas na UFSC e por qualidade na educação. Agora ela se prepara nacionalmente e chama todo o movimento estudantil para no ano que vem, realizar seu I Congresso, endereço certo para reorganizar e unificar as lutas.

Ufa! E a luta só está começando. Chamamos todo movimento estudantil do estado a se somar na construção da I Assembleia Catarinense da ANEL. Uma construção democrática, independente, de luta e aliada aos trabalhadores.

 

I Assembléia Catarinense da ANEL

16 de outubro – A partir das 9 horas

Centro de Filosofia e Ciências Humanas UFSC



PROGRAMAÇÃO

9 h - Mesa de Abertura: As lutas do estado e a reorganização do movimento estudantil. (Convidaremos representações dos movimentos sociais, tanto estudantil, como sindicais e populares)

12h Almoço

13h Grupos de Debate: Acumulo para a plenária final
Ensino Médio
Universidades
Opressões
Transporte

16h Plenária Final: Encaminhamentos

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