sábado, 2 de outubro de 2010

Carta do Coletivo Luta & Poesia Sobre as Filas e a Superlotação no RU

Carta do Coletivo Luta & Poesia Sobre as Filas e a Superlotação no RU


Na ultima quinta-feira, dia 23 de setembro, fomos surpreendidos com as portas fechadas da ala B do RU. Segundo a reitoria, o motivo é o inicio das obras de ampliação do refeitório e a continuidade da construção da nova cozinha - reivindicação antiga dos estudantes. É importante lembar que já havia previsão de fazer a obra da cozinha em 2008 e não aconteceu. Em 2009 os estudantes fizeram mobilizações nos dois semestres e conseguiram do reitor Álvaro Prata uma carta pública se comprometendo com a realização das obras no período de dez/09 à mar/10 para que não ocorresse durante as aulas. Esse novo compromisso dizia respeito não apenas a obra da nova cozinha, mas também a construção de uma nova Ala para o restaurante. Porém, mais uma vez, não foram cumpridos os compromissos e prazos, sendo que nas férias quase nada foi feito.


Junto dessa política de precarização do RU vem a inseparável privatização através das terceirizações de mão-de-obra. Com a ampliação do restaurante, a reitoria pretende contratar novos cozinheiros e ajudantes apenas terceirizados. 


As terceirizações hoje já estão amplamente contestadas em diversos setores da sociedade devido a alta rotatividade de trabalhadores que impõe, a flexibilização de direitos e o aumento de gastos públicos com contratações milionários de empresas terceirizadas que pagam baixos salários para jornadas de trabalho de 8 horas ou mais.


A irresponsabilidade da reitoria no trato da amplição do R.U. está diretamente ligada a irresponsabilidade do Governo Federal que impõe o REUNI. Com ele, as universidades federais aumentam seus cursos e vagas no vestibular, mas não se investe para garantir os concursos e ampliações necessárias.


Por isso, a cada semestre as filas do RU estão maiores, esperamos mais tempo nas reservas de livros na BU, iniciamos o semestre com faltas de salas de aula, aumentam as terceirizações, os prazos não se cumprem e o reajuste da bolsa permanência não é nem discutido. O cúmulo da irresponsabilidade do projeto REUNI é o reitor Álvaro Prata gastar 171 mil reais no laguinho da UFSC diante de todas essas demandas que não são atendidas. Aqui fica claro que a preocupação não é com a qualidade de ensino e uma real democratização do ensino superior, mas apenas fazer números tendo em vista calendários eleitorais. 

Se na esfera federal o REUNI está sendo usado na corrida presidencial, aqui na UFSC com a corrida pela reitoria que se avizinha não é diferente. Durante os 3 anos de mandato de Álvaro Prata  quase nada foi feito pela ampliação do RU, estranhamente agora que está indo para seu último ano de mandato a obra começa de verdade e promete ser concluída bem a tempo das eleições para reitor.


A universidade não pode viver de propostas eleitoreiras e insuficientes. Exigimos do reitor Álvaro Prata e de Lula que invistam maciçamente na educação garantindo a permanência dos estudantes na universidade, seu caráter público, gratuito e de qualidade e a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão. Exigimos que esta obra não atrase mais e que a reitoria tome medidas que resolvam de imediato o problema das filas e da superlotação na única Ala que hoje está funcionando com distribuição de refeição em outros locais da UFSC enquanto a 3ª ala não estiver pronta.


ATO NO R.U. QUINTA-FEIRA (21/10) AO MEIO-DIA

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