segunda-feira, 7 de novembro de 2011

REUNIÃO ANEL-FLORIPA: CAMPANHA: 10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO PÚBLICA JÁ!

REUNIÃO ANEL-FLORIPA: CAMPANHA: 10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO PÚBLICA JÁ!


Hora
quarta, 9 de Novembro · 17:00

Localização
HALL DO CFH - UFSC









As férias estão chegando e o tão esperado ano de 2012 pode reservar muitas emoções para as pessoas que acreditam no final do mundo. Entretanto, nós que não acreditamos nesse fim, sabemos que ainda vamos ver mais absurdos acontecerem no ano que vem. Um dos maiores absurdos vai ser a aprovação do novo PNE (Plano Nacional de Educação), que continua o desmonte da educação pública iniciado pelo governo FHC e aprimorado com o governo PT (Lula e Dilma). Nesse novo PNE, novamente o governo não defendeu o aumento de verbas para educação, e se for aprovado em janeiro de 2012 teremos como indicação o aumento de 7% do PIB para 2020, enquanto o governo continua pagando uma divida de 30% do PIB à banqueiros.

Os movimentos sociais sempre pautaram que 10% do PIB é o minimo para que a educação melhore e aumente a parcela da população com acesso as escolas e universidades, por isso, os 7% propostos pelo governo é inviável. Segundo estudos do Instituto Latinoamericano de Estudos Socioeconômicos – ILAESE, “para sair de uma situação parecida com a nossa, a Coréia do Sul dedicou, durante uma década, 10% do PIB à Educação”. No Brasil, o investimento não passa de 4%. Reflexo da contradição: o país é a sétima maior economia do mundo, mas “no índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Brasil é o 73º no ranking mundial” (ILAESE) e quando o assunto é educação, paramos na 88º posição de 127 países avaliados pela UNICEF.

Diante dessa contradição e do quadro lamentável da educação brasileira, as mobilizações dos educadores pelo Brasil todo foi mais um alerta. As greves demonstraram que a situação das escolas brasileiras estão precárias. Foi um momento que muitos se unificaram na prática para lutar pelo direito a educação pública, gratuita e de qualidade. Assim como nas universidades ocupadas e que entraram em greve. Estudantes, servidores e professores lutando juntos para melhorias no ensino superior. As greves e ocupações acabaram, mas não significa que a luta tenha sido em vão ou que elas se esgotaram. Pelo contrário, fortaleceu o debate sobre a necessidade de investimento na educação pública e materializou a unidade do movimento de massas na defesa do ensino de qualidade.

E a dinâmica das lutas pede que continuemos em movimento. Isso significa nos unificarmos para construção do Plebiscito Nacional dos 10% do PIB para Educação Pública Já. Uma alternativa aos 7% proposto no novo PNE, mas antes de tudo, ter consciência que investir os 10% é uma necessidade para evolução do ensino, para que mais jovens tenham acesso as escolas e universidades. Por ser uma bandeira histórica do movimento social, sobretudo do movimento estudantil, essa campanha não pode ser relegada a segundo plano. Portanto, nos unificarmos na prática para construção da campanha é tarefa fundamental para combater o atual modelo de educação. Por isso, a Assembleia Nacional de Estudantes - Livre (Floripa) chama a todos à construção do plebiscito nacional: “10% do PIB para Educação Pública Já”.

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