A Copa Tem que ser Nossa!
Porque o povo não pode ficar de escanteio.
Neste 1º de outubro, sábado, várias capitais do país vão sediar as marchas “Fora Ricardo Teixeira”. No dia 2 é a vez de São Paulo. Por todo o país, a iniciativa da Frente Nacional dos Torcedores em parceria com a ANEL será mais um grito de indignação com a farra de corrupção e lucro a todo custo que está sendo feita às custas da paixão de nosso povo.
A Copa do Mundo 2014 é aguardada com ansiedade pelo povo brasileiro. Mas, pouco a pouco, começa a crescer o descontentamento com a sujeira escondida atrás da festa do futebol. Cresce um movimento que identifica em Ricardo Teixeira, presidente da CBF, as negociatas e escândalos que já estão vindo à tona. E como onde há fumaça há fogo, onde há Ricardo Teixeira há muitos outros poderosos rindo à toa nesse jogo sujo. O governo Dilma faz propaganda ufanista com a Copa e quer aproveitar ao máximo o capital eleitoral que o mega-evento representa.
Enquanto isso, libera bilhões de reais – de dinheiro público – para construção dos estádios, flexibilizando ao máximo as regras para licitações. Em contraste com as obras faraônicas, a situação de escolas e hospitais públicos – sempre justificadas porque “não há dinheiro”. E enquanto presenteia as empreiteiras, ignora os apelos dos operários em greve contra as péssimas condições de trabalho nas obras.
O povo pobre, que deveria ser o dono da festa, não será convidado. Em vez disso, está sendo expulso de suas casas, com centenas de remoções forçadas, cuja truculência já mereceu advertências até mesmo da ONU. Em troca, nos prometem um incrível “legado” para as cidades, com maravilhosas obras de “mobilidade urbana”. Pois o único favorecido até aqui é a especulação mobiliária. Os projetos de transporte público, por outro lado, favorecem apenas o fluxo de turistas – não tendo qualquer impacto positivo na redução do trânsito, da poluição ou tempo de viagem das pessoas comuns até o trabalho.
Em nome da nossa festa popular, governo, empresários e cartolas fazem a farra com dinheiro público e nem ao menos querem o povo nos estádios – vide o preço absurdo dos ingressos nos estádios. É em repúdio a tudo isso que vamos marchar!
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