A manifestação do Dia Internacional de Luta das Mulheres coloriu de lilás as ruas da capital paulista. Mais de 3 mil pessoas participaram do ato unitário que mostrou para a população que essa data é um dia de luta. O ato teve inicio às 14h, na Praça da Sé, e saiu em passeata pelas principais vias da cidade, denunciando o machismo, a violência contra a mulher, exigindo salário igual para trabalho igual, descriminalização do aborto, entre outras bandeiras reivindicatórias.
O Ato contou com a presença das centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, CTB, os partidos políticos, PSTU, Psol, PCB, e dos movimentos Mulheres em Luta, Marcha Mundial das Mulheres entre outras entidades e sindicatos.
Falando em nome do Movimento Mulheres em Luta, Camila Lisboa ressaltou que a data não é para ser comemorada. “Estamos aqui lembrar que hoje é um dia de luta, não de comemoração. Mesmo com uma mulher presidente não temos garantidos nossos direitos, exigimos creches, moradia, saúde e educação para todas as mulheres”.
O massacre cometido contra as moradoras da Ocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos, também foi destacado no ato. Maioria da Ocupação, essas mulheres foram agredidas e humilhadas durante a desocupação do terreno. Além disso, os casos de estupros por parte da PM contra duas mulheres foi denunciando.
Ato do MTST enfrenta repressão da PM - As denuncias de estupros no Pinheirinho também foram feitas na manifestação realizada pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) pela manhã. A manifestação, realizada em frente ao Parque da Luz, exigia a punição aos policiais criminosos. A repressão da PM impossibilitou que os manifestantes saíssem em marcha para protestar. “Mais uma vez o movimento foi criminalizado e impedido de exercer o seu livre direito de se manifestar”, disse o coordenador do MTST e também membro da CSP-Conlutas Guilherme Boulos. Apesar da tentativa da PM em tentar desorganizar o movimento, o ato correu ali mesmo na Luz.
Integrantes dos terrenos chamados “Novos Pinheirinhos”, de Embu das Artes e Santo Andre, comparecem à manifestação juntamente com representantes das diversas ocupações realizadas pelo movimento em toda São Paulo. Os manifestantes exigiram moradia às famílias e protestaram contra a criminalização do movimento.
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